quinta-feira, 11 de agosto de 2011

CURIOSIDADE - Os Mórmons, barba, cabelo e bigode

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Para alguns judeus, muçulmanos e Amish, uma barba conota fidelidade e observância religiosa. 

Orson Pratt e sua grande barba
Pode ser sinal de identidade de um homem e sinal de filiação. Para os Mórmons, porém, tem outro significado completamente diferente. 

Já para os judeus, a prática foi sugerida por escritura, como diz em Levítico 19:27: "Não cortareis o cabelo, arredondando os cantos da vossa cabeça, nem danificareis as extremidades da tua barba". Mas, como escreveu Mark Oppenheimer no sábado no New York Times , não raspar é apenas um dos 613 mandamentos da Torá. 

Para os muçulmanos e os Amish, cabelo facial é mais uma tradição cultural transmitida através dos tempos, já para os santos dos últimos dias, esta tradição têm as suas próprias mudanças e nuances. 

Durante o século 19 e no início do século 20, a maioria dos homens mórmons, incluindo profetas e apóstolos, ostentavam barbas. 

Quando apóstolo Heber J. Grant chegou à Inglaterra em 1903 para supervisionar o trabalho missionários no exterior, seu predecessor orientou os missionários a deixarem a barba crescer como um símbolo de sua maturidade e dignidade. 

David O. Mckay e o rosto limpo
Em poucos dias um missionário tímido perguntou ao Élder Grant se ele poderia fazer a barba e Grant, o futuro profeta da Igreja, concordou prontamente. 

O último profeta a ter o barba ou bigode foi George Albert Smith, em 1951. 

Ainda assim, até 1951, todos os profetas SUD, salvando o Profeta Joseph Smith, foram barbudos. 

Em seguida, veio o belo - e bem barbeado - David O. McKay e os rebeldes anos 60. Talvez a rebeldia estereotipada na barba e cabelos grandes dos anos 60 e 70 incentivaram a liderança a imprimir um novo conceito de higiene facial. 

Elder Richard L. Evans foi o último apóstolo SUD a usar pelos faciais enquanto no cargo, usando um bigode bem aparado, até meados de 1960.

Em pouco tempo, as barbas já estavam mais curtas. A Universidade de Brigham Young,  instituição de propriedade da Igreja em Provo, orientou que todos do corpo discente deveriam fazer barba, cabelo e bigode, e depois veio o famoso código de honra da BYU. 

Logo a famigerada cultura "sem barba e bigode" se espalhou por toda força missionária da Igreja no mundo. Em 2001, tornou-se obrigatória para aqueles que trabalham regularmente em templos SUD e oficiam em suas ordenanças. 

A orientação parece existir também para os bispos e líderes da Igreja também (embora existam exceções). Mas, como os muçulmanos e Amish, a orientação mórmon é cultural, não bíblica ou doutrinária. 

Afinal, os membros são livres para deixar a barba tomar conta. 

Inclusive, recentemente, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, fez uma espécie de concurso para atores que quisessem participar de filmes da Igreja.  Dezenas de milhares de atores SUD deixaram brotar suas barbas para que eles pudessem concorrer para vagas em uma série de filmes educativos sobre a vida de Jesus Cristo que seriam filmados  num cenário-réplica de Jerusalém em Goshen, Utah.

É bom lembrarmos que com barba ou sem barba, em nada afeta a dignidade da pessoa. O que realmente afeta a dignidade é a rebeldia, entre outros fatores. Eu sou a favor de deixar sempre meu rosto limpo e bonito; tudo pela higiene e para o bem-estar da minha linda esposa. Entretanto, regras são regras, e estão sujeitas a alterações, o melhor agora é estar sem barba e bigode, pelo menos para os oficiantes do Templo, missionários, estudantes da BYU (com exceção do bigode bem aparado), e líderes da Igreja. Vitória ao Prestobarba!

Tem um discurso interessante para discutir sobre o assunto: A ordem das coisas faladas mas não escritas do Elder Packer.

 

1 comentários:

  1. Texto contraditório em seu contexto e conceitos. O posicionamento oficla da Igreja não é igual a sua conclusão, até pq seria um tiro no pé para julgar seus próprios profetas barbudão também.

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