Começaremos contanto um pouco da história desse homens que tem um chamado divino.
Os Mórmons acreditam em profetas, tanto antigos quanto atuais. Essa crença está entrelaçada com a crença que Deus tem um interesse em falar com os homens e o faz através de profetas que Ele escolhe. A Bíblia contém um registro dos procedimentos de Deus com os profetas naqueles dias, e escrituras modernas contém um registro dos procedimentos de Deus com os homens nos dias atuais. Os Mórmons acreditam que os céus não foram fechados depois dos registros bíblicos e que Ele ainda se comunica com Seus filhos hoje, da mesma maneira que fazia nos tempos antigos.
A maioria das pessoas pensa que um profeta é alguém que fala o futuro, mas isso é somente uma parte da missão de um profeta e não é nem mesmo a parte mais importante. A palavra profeta pode ter vários significados. De acordo com o livro de Apocalipse, “o testemunho de Jesus é o espírito de profecia” (Apocalipse 19:10). Isso quer dizer que qualquer pessoa que tem um testemunho de Jesus Cristo como o Salvador e Redentor é um profeta. O dever mais importante de um profeta é ensinar e testificar sobre Jesus Cristo.
A Bíblia contém as palavras de profetas à medida que eles foram inspirados pelo Espírito Santo (ver 2 Pedro 1:20-21). O Apóstolo Pedro explica como Deus chama profetas para ser testemunhas que ensinam Sua mensagem aos outros:
“E nós somos testemunhas de todas as coisas que fez, tanto na terra da Judéia como em Jerusalém; ao qual mataram, pendurando-o num madeiro. A este ressuscitou Deus ao terceiro dia, e fez que se manifestasse, Não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus antes ordenara; a nós, que comemos e bebemos juntamente com ele, depois que ressuscitou dentre os mortos” (Atos 10:39-41).
De acordo com Pedro, Deus “mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos seres vivos e dos mortos” (Atos 10:42). Quando as pessoas ouvem as palavras dos profetas, o Espírito Santo confirma a veracidade dessa mensagem (ver ator 10:44). Uma vez que o Espírito Santo nos testifica que as palavras do profetas são verdadeiras, os profetas nos convidam a seguir Jesus sendo batizado e seguindo os mandamentos.
Deus tem sempre chamado profetas. O profeta Amós escreveu que “Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Amós 3:7). Paulo nos ensina: “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas” (1 Coríntios 12:28). Apóstolos também são profetas, uma vez que ensinam sobre Jesus Cristo. Apóstolos são aqueles profetas a quem Deus escolhe como testemunhas especiais de Cristo. Eles revelam as palavras de Deus. Assim como os escritos de profetas antigos se tornaram escrituras, as palavras dos profetas modernos também se tornam escrituras. Podemos ler o seguinte em Doutrina e Convênios:
“E tudo o que disserem, quando movidos pelo Espírito Santo, será escritura, será a vontade do Senhor, será a mente do Senhor, será a palavra do Senhor, será a voz do Senhor e o poder de Deus para a salvação” (Doutrina e Convênios 68:4, ver também 2 Pedro 1:20-21).
Joseph Smith, um profeta moderno
O primeiro profeta de nossos dias foi Joseph Smith. Joseph nasceu no dia 23 de dezembro de 1805. Quando era um jovem e vivia ao norte de Nova York, ele se sentiu confuso pelos conflitos das muitas diferentes crenças religiosas que existiam naqueles dias. Ele descreveu esse sentimento da seguinte maneira:
“Durante esses dias de grande alvoroço, minha mente foi levada a sérias reflexões e grande inquietação; mas embora meus sentimentos fossem profundos e muitas vezes pungentes, ainda assim me conservei afastado de todos esses grupos, embora assistisse a suas diversas reuniões tão frequentemente quanto a ocasião permitisse. Com o correr do tempo, inclinei-me um tanto para a seita metodista e senti algum desejo de unir-me a eles; mas tão grandes eram a confusão e a contenda entre as diferentes denominações, que para alguém jovem como eu, tão inexperiente em relação aos homens e às coisas, era impossível chegar a qualquer conclusão definitiva acerca de quem estava certo e de quem estava errado.
(…) Em meio a essa guerra de palavras e divergência de opiniões, muitas vezes disse a mim mesmo: Que deve ser feito? Quem, dentre todos esses grupos está certo, ou estão todos igualmente errados? Se algum deles é correto, qual é, e como poderei sabê-lo?” (Joseph Smith – História 1:8,10).
Joseph Smith descreveu que com freqüência ele olhava para as estrelas e ponderava sobre Deus. Ele sabia que Deus estava vivo e que Jesus Cristo era o Salvador, mas ele ouviu tantos ensinamentos conflitantes que ele não conseguia descobrir quem estava certo ou quem estava errado. Um dia, estudando a Bíblia, ele leu Tiago 1:5, o qual diz:
“E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada”.
Ele sabia que poderia pedir a Deus e não seria repreendido por isso, e foi o que ele fez. Sobre sua experiência ele disse:
“Jamais uma passagem de escritura penetrou com mais poder no coração de um homem do que essa, naquele momento, no meu. Pareceu entrar com grande força em cada fibra de meu coração. Refleti repetidamente sobre ela, tendo consciência de que se alguém necessitava da sabedoria de Deus, era eu, pois eu não sabia como agir e, a menos que conseguisse obter mais sabedoria do que a que tinha então, nunca saberia; pois os religiosos das diferentes seitas interpretavam as mesmas passagens de escrituras de maneira tão diferente, que destruíam toda a confiança na solução do problema através de uma consulta à Bíblia. Finalmente cheguei à conclusão de que teria de permanecer em trevas e confusão, ou fazer como Tiago aconselha, isto é, pedir a Deus. Resolvi “pedir a Deus”, concluindo que, se ele dava sabedoria aos que tinha falta dela e concedia-a liberalmente, sem censura, eu podia aventurar-me” (Joseph Smith – História 1:12-13).
Algum tempo depois ele foi a um bosque que havia perto de sal casa, em Palmyra, Nova York para orar. Ele orou em voz alta e, primeiramente, ele sentiu como se algo quisesse impedi-lo, mas juntando forças ele continuou. Ele contou a experiência que aconteceu em seguida:
“Mas usando todas as forças para clamar a Deus que me livrasse do poder desse inimigo que me subjugara, no momento exato em que estava prestes a sucumbir ao desespero e abandonar-me à destruição – não a uma ruína imaginaria, mas ao poder de algum ser real do mundo invisível, que possuía uma força tão assombrosa como eu jamais sentira em qualquer ser – exatamente nesse momento de grande alarme, vi um pilar de luz acima de minha cabeça, mais brilhante que o sol, que descia gradualmente sobre mim. Assim que apareceu, senti-me livre do inimigo que me sujeitava. Quando a luz pousou sobre mim, vi dois Personagens cujo esplendor e glória desafiam qualquer descrição, pairando no ar, acima de mim. Um deles falou-me, chamando-me pelo nome, e disse, apontando para o outro: Este é meu filho Amado. Ouve-o!” (Joseph Smith – História 1:16-17).
Naquele momento, Joseph Smith viu em visão Deus e Jesus Cristo. Jesus Cristo falou para ele que seus pecados haviam sido perdoados e que Deus queria que ele não se filiasse a nenhuma igreja existente. Mais tarde Joseph Smith foi chamado para ser um profeta, assim como Moisés, Isaias, João Batista ou Paulo.
Algum tempo depois, quando estava orando novamente, um anjo apareceu para ele e lhe contou sobre um livro, escrito em placas de outro e enterrados em um monte ali perto. Depois de alguns poucos anos, o anjo lhe entregou os registros. Desse registro, sendo inspirado pelo poder de Deus, ele traduziu o Livro de Mórmon. o Livro de Mórmon é um registro antigo que conta a história de alguns habitantes do antigo continente Americano.
Desde o tempo em que o Livro de Mórmon foi publicado em 1829, até a sua morte, em 1844, Joseph Smith guiou a Igreja Mórmon como Profeta de Deus. Durante sua curta vida, o Profeta Joseph Smith estabeleceu cidades, escreveu várias revelações de Deus que foram compiladas em livros que são consideras escrituras, e enviou missionários por todo o mundo. Ele estava envolvido com a construção de templos, serviu como prefeito de Nauvoo, Illinois, e até mesmo foi candidato à presidência dos Estados Unidos. Ele foi definitivamente uma figura controversa na história Americana. Porque ele desafiou muitos credos existentes, ele atraiu muita perseguição. No dia 27 de junho de 1844, enquanto estava na cadeia de Carthage, Joseph Smith e seu irmão Hyrum foram assassinados por uma turba com as caras pintadas de preto. Ele foi substituído pelo profeta Brigham Young.