quarta-feira, 27 de julho de 2011

Os Mórmons proibiam os descendentes de Africanos a se filiarem à Igreja?

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Da década de 1850 até 1978, pessoas que eram descendentes de Africanos podiam (e de fato muitos o fizeram) se filiar à Igreja Mórmon, mas as pessoas de pele negra não podiam portar o sacerdócio, ou certas posições dentro da Igreja. Isso fez com que a Igreja Mórmon e seus líderes fossem taxados como racistas e preconceituosos. Nunca, em nenhuma época, foi negado a oportunidade aos negros de se filiarem à Igreja e sempre houve membros negros na Igreja, desde o seu princípio, muitos dos quais cruzaram as planícies com outros pioneiros Mórmons e que se assentaram em Utah. Ainda assim, essa prática continuou a fomentar críticas. Para entender o porque dessa prática, é importante entender um pouco mais sobre a Igreja.

No Mormonismo, o Sacerdócio representa o poder e a autoridade de Deus o qual Ele delega para o homem na Terra para guiar a Igreja de Deus e realizar ordenanças como o batismo. Enquanto traduzia o Livro de Mórmon, Joseph Smith. O primeiro profeta e fundador da Igreja Mórmon, leu sobre o sacerdócio. Ele e outro dos primeiros membros da Igreja, Oliver Cowdery, foram a um bosque para orar a respeito do que haviam lido. Um anjo apareceu para eles e lhes deu esse poder. Ele disse:
“A vós, meus conservos, em nome do Messias, eu confiro o Sacerdócio de Aarão, que possui as chaves do ministério de anjos e do evangelho do arrependimento e do batismo por imersão para remissão de pecados; e ele nunca mais será tirado da Terra, até que os filhos de Levi tornem a fazer, em retidão, uma oferta ao Senhor” (Doutrina e Convênios 13:1).

Algum tempo depois, através da visita de outros anjos, eles (Joseph e Oliver) receberam o Sacerdócio conhecido como Sacerdócio de Melquisedeque, ou Sacerdócio Maior, poder pelo qual eles puderam estabelecer A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias no dia 06 de abril de 1830. Tudo isso aconteceu em Nova York e Ohio, mas logo após esses ocorridos a Igreja começou a se mudar para o Missouri e então para Illinois, local de onde foram expulsos por causa da perseguição. A Igreja cresceu e muitos milhares de membros se filiaram a ela, incluindo um grande número de membros negros, alguns dos quais haviam sido escravos em outras épocas. Nas décadas seguintes, e ninguém sabe ao certo quando isso começou, se tornou uma prática não ordenar homens negros ao Sacerdócio. Para complicar ainda mais esse assunto, alguns membros da Igreja Mórmon, incluindo alguns líderes, fizeram comentários racistas semelhantes àqueles feitos por outros Americanos da época, embora a maioria da liderança era completamente contrária ao racismo e a maioria dos Mórmons eram totalmente contra a escravidão.

Uma vez que as atitudes racistas eram comuns na América e nos paises da Europa no final do século dezenove e inicio do século vinte, tais práticas não chamavam a atenção de ninguém. Com o passar do tempo, os Estados Unidos começou a confrontar seu passado racista, e essa prática começou então a chamar muita atenção. Por volta do ano de 1900, Lorenzo Snow, o então Presidente da Igreja Mórmon, disse que não conseguia achar nenhuma passagem de escritura que justificasse essa prática, mas mesmo assim manteve a prática. Em 1954 o então presidente David O. Mckay e os Doze Apóstolos da Igreja Mórmon estudaram o caso. O presidente Mckay estava bastante preocupado com o povo africano e com o seu estado, então ele orou sobre o assunto, mas de acordo com seus próprios relatos, o Senhor falou a ele que o tempo ainda não havia chegado para que isso acontecesse. Ele tentou enviar missionários para a Nigéria em 1962, mas o governo nigeriano não permitiu que eles entrassem no país. Em 1973 o Presidente Harold B. Lee jejuou por três dias e noites enquanto orava sobre o assunto, mas a resposta que recebeu foi a mesma: o tempo não havia chegado ainda. Finalmente em 1978, enquanto se reunia com o Quorum dos Doze
Apóstolos, o Presidente Spencer W. Kimball anunciou que ele havia recebido uma revelação dizendo que todo membro digno da Igreja, do sexo masculino, poderia receber o Sacerdócio. Desde aqueles dias até hoje, centenas de milhares de pessoas negras se uniram a Igreja Mórmon e tem sido ordenado ao Sacerdócio, em todas as partes do mundo. Hoje existem dois templos construídos na África.

Nenhum líder da Igreja Mórmon sabe explicar o porque houve esse fato de os negros não receberem o sacerdócio, embora muitos tenham tentando entender as razões. Houve muito desentendimento relativo à sua origem. Em 1949 o Presidente da Igreja fez a seguinte declaração:
“A atitude da Igreja com referência aos negros permanece a mesma que sempre foi. Não é uma questão de declaração da política da Igreja, mas sim uma ordem direta do Senhor, a qual é encontrada na doutrina da Igreja desde os dias de sua organização, para o fato que as pessoas negras pode se tornar membros da Igreja, mas eles não são intitulados com o sacerdócio nos dias de hoje”.

É importante frisar que ainda que os negros não pudessem portar o Sacerdócio, a Igreja Mórmon sempre ensinou que eles, assim como todas as outras pessoas, podiam ser salvas através da Expiação de Jesus Cristo.

Muitas explicações tem sido dadas para tentar explicar sobre esse fato, mas a maiorias delas dadas sobre especulações e muitos membros da Igreja tem continuado a espalhar rumores e falsas verdades sobre esse assunto.

Então é importante nós lermos o artigo que mostra com mais clareza o que de fato aconteceu, para que não saiamos falando coisas que não temos certezas.

www.missionariosmormons.org

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